quarta-feira, 4 de setembro de 2013

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sempre achei que era relativamente bom com as palavras, na maneira de me relacionar com os outros e em me exprimir. mas sempre que te começo a escrever paro a meio. não consigo dizer-te numa simples carta que gostaria de te ver, e que me preocupo muito contigo. sinto-me triste, sinto-me meio sem caminho. por entre o stress dos dias e a loucura das noites. tenho sonhado contigo, mais do que gostaria; acordado a pensar em ti. masturbo-me vezes sem conta imaginando-te aqui outra vez de quatro. como gostava de te ver cheirar poppers e pores-te de quatro para te comer, de violentamente te levantares e me enconstares a parede. pores-me a jeito e num movimento só eu enterrar-te o meu caralho. como me tenho masturbado a pensar em te esporrar a cara toda. já estou duro...
tenho sentido a tua falta, do teu peito peludo e musculado, de adormecer nos teus braços, dos teus abraços fortes. de acordar com o teu beijo antes de saires para trabalhar e eu aproveitar mais 15 minutos de cama. sinto falta dos teus cozinhados, das sobremesas brasileiras e dos pequenos almoços de domingo. os domingos passados na cama a ver as minhas series enquanto ressonavas a meu lado, acordares e fazermos sexo, para logo depois voltares a adormecer. de me obrigares no ginasio a levantar mais peso do que queria, e de não desistir e das minhas birras. gostava de te ver dormir. és um miudo num corpo de um grande homem. gostava de cuidar de ti. não é facil amar-te, assim como a mim. ainda esta semana me falaram do meu feitio, ao que respondi: se achas que o meu é difícil, se conhecesses o do jho...  não sei se soube lidar contigo, queria ter falado o que pensava mais cedo, queria ter-te falado de desejos. foram só desejos. as coisas andam um turbilhão.  quero acreditar que me fizeste melhor homem. melhor pessoa. fizeste-me um namorado e companheiro como pensei nunca ser. fazer-me dedicar, talvez não me tenha dedicado o suficiente. acho que deste mais, bem mais que eu. sabes que sempre fui um solitário. sempre me foi dificil dar. queria ter-te dado mais. acho que te quero dar mais. lembro-me agora das discussões idiotas, como eram idiotas. tinhamos pensado ir a veneza. ainda queres ir a veneza comigo? não é nada facil amar-me. é por isso que não consigo perguntar-te se queres ir beber um café comigo.