terça-feira, 17 de agosto de 2010
092
com o verão quase a terminar, inicia-se a ressaca. olho para trás e foram noites, muitas noites, noites que entraram pelo dia. começa agora a ressaca emocional e física acumulada todos estes dois meses que quase não dormi em casa. os quais não tive tempo para uns, e demasiado para outros. lembro-me de noites decadentes, como aquela em que não sei como fui para a casa do gil, um tipo que mal conheço e que tem uma fabulosa casa no meio do monte. foi numa sexta... jantar de turma, eu muito bebado, e achando com muito para dizer ao duarte. de repente estava na praça ajoelhado a dizer-lhe que largava toda a minha vida por ele(como se eu a tivesse) e no momento a seguir dentro de um táxi muito bêbado no meio do nada chegando a uma casa cheia de gente... a festa do gil. como esta noite foram muitas, uma louca ida ao sudoeste, noites passadas na praia, na casa deste e daquele, ou mesmo na rua, ou simplesmente sem saber onde estava. começo agora a sentir uma ressaca emocional; homens que não fizeram sentido, outro ao qual não queria magoar e que lhe peço desculpas, outro ainda que erradamente o desejo porque sei que dele me fartaria se estivesse na minha mão, dado o não conteúdo dele. penso na vergonha, na inveja e no estatuto... penso na quase porrada com os pseudo gunas, na noite em que a caminho do pacha decidimos o nosso funeral e como queríamos que tudo acontecesse se caso morrêssemos, nas intrigas entre amigas, nos choros, naquela semana na casa da rita que foi dramática, na ida a refóios e para o primeiro andar que tive de subir por uma queca, nos tipos que me fizeram o filme, nos putos que querem ser divas, no pinto que continua a vida heteresexual dele, no duarte que ainda não sei bem o que pensar dele porque desiludiu-me, no sudoeste. ainda hoje cheguei as 10 a casa, depois de uma ida ao pacha. tem sido assim á dois meses. com o fim do verão aproxima-se a realização da minha maior decisão até agora, mudar de cidade e sustentar-me enquanto acabo a merda da escola. com o passar dos dias fico mais aterrorizado, não é que não seja quase independente(não a nível monetário), mas não tenho que dar justificações a ninguém e faço o que quero. mas agora... não há a mãe que sei que estará a minha espera em casa, não há a minha cama ou a mãe a discutir por qualquer motivo, que me faz soltar um sorriso, dado que discute só por discutir. agora serei eu. é uma ressaca tão grande que me deixou exausto. só me apetece dormir e não pensar. neles, nelas, na escola, no trabalho, no dinheiro e nas intrigas, nas quecas fabulosas, e as que ficaram por dar, como com o duarte; mas que sei que foi o melhor que fiz. estou exausto de jogos de amor e de sexo, de putos idiotas, imaturos e que acham que são umas grandes putas, de pseudo transparências, e pseudo intelectualidades. a noite, sempre a noite... foram quentes noites de agosto, as quais pensei estar apaixonado, as quais verti lágrimas por pensar. foram noites acompanhadas de maduro vinho e de bons amigos. a confusão na minha cabeça ainda esta instalada. que a ressaca se vá!
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