quinta-feira, 30 de junho de 2016

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gi·ná·si·o (latim gymnasium, -ii, local público para exercício físico, escola filosófica) substantivo masculino 1. Lugar em que se fazem exercícios de ginástica, especialmente a de aparelhos (trapézio, argolas, barra fixa, etc.). 2. Local ou edifício destinado à prática de exercício físico.


Também conhecido por local de engate!
O ginásio; frequentado por muitos para a prática de exercício físico, é também conhecido por muitos outros pela prática do engate, do broche, da punheta, e de muitas outras expressões de exercício. Eu, por exemplo, ando numa cadeia muito conhecida aqui no nosso país. Conhecida por vários motivos: os preços exorbitantes que já praticou, a falta de ética e clareza nos contratos e pelas fodas nas casas de banho masculinas!

Já frequentando eu o ginásio há mais de um ano e sem este ter sortido muitos efeitos na minha forma física, pensava eu, quando entrei, que por esta hora estaria todo bombado e um verdadeiro gato, tal coisa não aconteceu e vejo estar bem longe de acontecer. Por outro lado, estou cada vez mais adepto do exercício físico(acompanhado no fim de croissants de chocolate, aqueles do pingo doce, que são deliciosos).
Mas, nem tudo foram prejuízos! Fiz também muitos conhecidos, tanto na salas de aulas, nas maquinas como na sauna ou no banho turco. Apercebi-me que ao fim deste mais que ano, existem no ginásio as caras conhecidas e aqueles que fazem a rotação;
Sendo mais claro: aqueles que vão engatar em todos e aqueles que só engatam num! Eu sou do tipo que tipo engata num, dada a especificação do meu contrato.
Há também dentro destes géneros, dois sub-géneros, digamos. Aqueles que fazem exercício e depois vão relaxar um pouco e aqueles que vivem entre a sauna e o banho turco. Destes últimos, apenas se conhece os corpos molhados e a toalha à cinta. Eu, faço parte do primeiro. Fazendo sempre o treino e depois dar uma relaxada e ser bem mamado.


Os amigos que fiz são vários, sem saber nomes vou tentar identifica-los por género, digamos.
O senhor casado, já na casa dos sessenta penso, com a sua aliança de ouro bem visível e nunca sem medo de a mostrar. Careca, magro, feio e tem um sinal horroroso na cabeça. É umas das personagens que se move entre estes dois locais, sempre à espera de um menino novo a quem possa lançar todo o seu charme e obter algum momento de prazer, isto claro, sempre discreto e mantendo sempre uma pose muito heterossexual; mas a gente sabe que não engana ninguém. Este senhor, como já é mais entradote na idade tem por hábito estragar sempre os engates dos mais novos inclusive os meus! Quando estou quase com um caralho na mão, lá entra ele no turco, e não arreda pé!
Há depois o gordinho, que faz questão de usar uma sunga muito apertada que não o favorece muito. Este já tem um ar mais atrevido, daqueles que obviamente está lá para engatar e assume sempre isso. Já tendo eu visto que começa levemente a mexer no seu falo apenas coberto por uma toalha húmida e muitas vezes acabado eu com a boca no mesmo. Sempre rápido, vir-me e bazar. Este tipo de atleta raramente é visto nas zonas de treino, frequenta o ginásio a uma hora mais tardia para poder, digamos, estar mais à vontade. É conhecido também por arriscar ser apanhado, porque para alem dos que não querem engatar, há também heteros[alguns não se sentem incomodados com estes acontecimentos(se é que em entendem)], auxiliares de limpeza e treinadores a frequentar estas áreas.


Existem ainda as perdias ou curiosas, que já ouviram falar do que se passa nestas áreas, mas vão sempre à procura sem saber bem do que ou como funciona. Um dos casos é o meu companheiro de casa, que me pergunta sempre como reparo nestas coisas dado que ele nunca viu. Este género de rapaz depois do treino vai por vezes dar uma volta a ver se encontra o que procura, por vezes acontece, por vezes não. É este, um jogo de paciência. O gato e o rato.

Temos ainda, aquele tipo que é ou brasileiro ou mexicano, não sei bem. Ele treina, ele é gay, mas é discreto... ou tenta. Vai ao turco, numa pose muito séria e descomprometida, como quem não quer a coisa. Poucas vezes cede ao prazer de um bom pénis, mas... por vezes... ele está mesmo ali, a ser masturbado e não há como dizer que não! Acabando o latino-americano por tirar o seu pequeno pénis para fora e se entregar ao prazer. Como ainda a semana passada aconteceu comigo, batemos uma, bem rápida e sem troca de palavras. Assim como gosto. Nesta classe também se englobam todos os gays bombados e machões por andam pelo ginásio, as santas, que apontam o dedo ás outras, mas que sabemos, são as piores.

Por último, temos outro senhor casado, bom ar, já na casa dos cinquenta. Este tipo mete conversa, olha, insinua-se mas na hora H corta para trás. Isto porquê? Porque a mulher frequenta o mesmo ginásio. Qual é a possibilidade de a mulher saber? No ginásio, onde todos somos machos, todos apertamos a mão à amiga, que na noite passada tínhamos encontrado no bairro e dado um grande beijo e feito uma grande festa. Onde todos encontramos o engate do fim-de-semana passado; damos um discreto e tímido olá, depois de ter passado o sábado à noite encostado à coluna do trumps aos beijos com o mesmo. No ginásio existe apenas um olá grave e másculo. Portanto, a mulher dificilmente vai perceber que o homem que disse olá ao marido terá em meia hora a mão na pila do mesmo. Esse sou eu!

O porquê de não haver ginásios gays aqui, quando toda a gente sabe que isto existe? Nós gostamos de ver os heteros!

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