segunda-feira, 9 de novembro de 2009

075

vejo que ao fim de anos não aprendi grande coisa. ainda cometo os mesmo erros, e me deixo levar pelas mesmas merdas. sabes tão bem como eu que esta tusa não sairá! nunca desaparecerá! dar-me-ás sempre voltas a cabeça e á piça! terei sempre ereções e terei esticões corporais mais fortes sempre que me vier contigo! sabíamos onde a noite ia acabar, não sabíamos era quando e onde; como da primeira vez, por entre árvores dançantes ao vento. era por isso que tremíamos, que muito tremíamos.
o teu lirismo já não surte o mesmo efeito sobre mim, mas sabes que não necessitas dele, sabes que és a minha frqueza, serás sempre a minha fraqueza. e por muitas frases idiotas que escreva sobre outros voltarei sempre ao inicio, á depressão, e ao buraco de onde nunca ninguém saiu. poderei chamar-lhe o primeiro amor?
não farei nunca uma ode, uma carta de amor, ou linhas de ódio, porque eu sinto tudo isso por ti, ainda... fazes parte das coisas que não catalogarei nunca, que estarão sempre em aberto. não saberei se irei acordar contigo depois de uma noite de foda, ou se sairás logo depois de adormecer, ou ainda se a meio sairás da cama com desprezo, vestirás as calças e saírás sem uma palavra.
conservo após anos um desejo e uma tusa que a cada passo é despertada por essa tua avidez soberba e essa tua forma secreta de me desejar. gosto de pensar que após todos os corpos por nós passados sou único e tu único serás. fizeste-me ainda hoje desejar-te e me vir quase sem me tocar só de te imagina aqui. sei que secretamente te masturbas a pensar no meu peito peludo e nos meus lábios que um dia beijarás. também eu me masturbo a imaginar esse corpo ávido com medo do pecado. secretamente nos desejamos e de anos a anos vamos estranhamente nos consumindo numa cama qualquer. um desejo e uma tusa que nos consome. enquanto nos vimos com olhar fixo um no outro soltamos por esse mesmo olhar as palavras que nunca diremos um ao outro.
para sempre sei que guardarei esta frustração, assim como tu. nunca esperes palavras sinceras, nem as perguntas que te guardo, sei que nunca as farei apesar da intriga que me dão e da curiosidade que me provocam. junta-lhes o desejo e a tusa, junta-lhes um pouco de amor, e ainda ódio. junta-lhes a adrenalina de nunca nos possuirmos e desse facto ser impossível; junta-lhe tudo o que possas imaginar. terás ai as perguntas que te quero fazer, e o que sinto por ti. nunca tas farei, nunca serias capaz de responder, porque nem tu sabes bem o que és, o que sentes e o que secretamente desejas.


e assim, uma vez mais me masturbo, homem de minha vida

2 comentários:

  1. "e assim, o seu sexo cheirava a mar, e o mundo balançava como um barco"
    o teu melhor texto, sem duvida! uma maturidade de escrita evidente, um amor durido, fridas por sarar. mas eu sei que nunca te cansas de amar.

    ultima frase tem creditos eheh

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