entre toda aquela suposta euforia,
entre todo aquele alcool,
que já não nos fazia ser-mos nós
entre aquela música
sentia flaches de melancolia.
entre toda aquela dança
e os corpos suados
sentia saudades tuas, e de te ter
desejei estar dentro de ti
mesmo quando me estava a vir dentro de um tipo qualquer
esse tipo que conheci ontem mesmo
no meio de todos aqueles corpos
era um belo tipo
o alcool tornava-o um belo tipo!
os pasmos rasgados de vozes
os corpos retrocidos naqueles segundos
fizeram-me perceber,
nunca valeu a pena!
noites perdidas,
assim como as palavras
que as deixei levar por um sufoco,
que não percebi o que era
e o que me estava a fazer.
porque nunca me disseste nada?
o segredo tomou as nossas palavras
e o silêncio o nosso coração
por entre todo aquele fumo dos cigarros deixados a meio
por entre aquele suor dos corpos enquanto dançam
por entre aquelas bocas que se consomem
aquelas mãos que se penetram
a melancolia vai-se
deixo-me tomar por toda aquela droga
é só mais um noite
desprendo-me do meu corpo
tomem-no
é, e sempre foi vosso!
domingo, 7 de junho de 2009
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